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  • 11 de Setembro, 2025

Aviação e transporte marítimo “não conhecem fronteiras políticas”

    Sérgio Humberto, membro da Comissão dos Transportes e Turismo afirma que a rede transeuropeia de transportes só será credível se garantir resiliência contra as novas formas de ataque. 

    “A aviação e o transporte marítimo europeus enfrentam hoje uma ameaça séria e crescente: as interferências nos sistemas globais de navegação por satélite”, explica o deputado do PSD.

    Para o eurodeputado, o “spoofing” (enganar sistemas com sinais falsos) e o “jamming” (bloquear ou degradar sinais com interferência) não são “meras hipóteses técnicas: são riscos concretos, que comprometem a segurança dos passageiros, a fiabilidade da logística e a confiança dos cidadãos na nossa economia”.

    Sérgio Humberto considera que “este é um desafio direto ao coração da mobilidade europeia”.

    No debate: “Ameaças graves para a aviação e o transporte marítimo decorrentes da interferência no sistema mundial de navegação por satélite: necessidade urgente de reforçar a resiliência contra a falsificação e o empastelamento”, na sessão plenária de Estrasburgo, o eurodeputado assumiu que é responsabilidade da UE garantir que voar e navegar na Europa continua a ser sinónimo de confiança e segurança.

    “A União Europeia tem aqui uma oportunidade clara: liderar na proteção da aviação e do transporte marítimo, reforçando a confiança, a competitividade e a segurança”, esclarece.

    Segundo Sérgio Humberto, “isso implica reforçar sistemas redundantes de navegação, criar protocolos de resposta rápida em situações de interferência e dotar tripulações e operadores da formação necessária para agir em segurança”.

    “Mas não chega agir dentro das fronteiras da União”, alerta o deputado social-democrata. “Os céus e os mares não conhecem fronteiras políticas. Precisamos de cooperar com os nossos parceiros da vizinhança e com estados terceiros, em especial no Mediterrâneo, no Atlântico e no Mar Negro, para garantir que as rotas internacionais continuam seguras e abertas”, conclui.