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  • 16 de Julho, 2025

“Passou o tempo das palavras”: Paulo Cunha exige ação da UE contra práticas da China

O chefe de delegação do PSD no Parlamento Europeu, Paulo Cunha, apelou a uma resposta mais célere, firme e determinada da União Europeia face à China, alertando para o impacto devastador que práticas comerciais desleais têm em setores estratégicos da economia europeia, como o têxtil e calçado, a metalurgia, os plásticos e o setor automóvel, entre outros.

A intervenção do deputado ocorreu esta terça-feira, na sessão plenária em Estrasburgo, durante o debate sobre a preparação da Cimeira UE-China, que se realizará este mês e marcará os 50 anos de relações diplomáticas entre as duas potências. 

Segundo Paulo Cunha, essas práticas desleais incluem a falta de transparência nos apoios estatais do Estado chinês, o aproveitamento abusivo de lacunas legais existentes no espaço europeu, a ausência de regras comuns no acesso ao mercado chinês e o incumprimento de normas fiscais, laborais, ambientais e sociais. 

“Enquanto as nossas empresas cumprem regras exigentes, as empresas chinesas aproveitam-se das falhas da lei europeia ou ignoram-nas por completo. É a concorrência desleal que fecha empresas, que elimina empregos na Europa e que tira recursos e impostos essenciais para financiar o nosso modelo social.”

Num momento em que a União Europeia prepara a sua posição para a Cimeira, Paulo Cunha deixou um apelo direto à ação, destacando que os sinais de alerta estão mais do que identificados e que é tempo de proteger o modelo económico e social europeu com medidas concretas e eficazes.

“Passou o tempo das palavras. Precisamos de ações firmes e concretas para defender quem gera emprego, paga impostos e sustenta o modelo europeu que tanto valorizamos.”