Sérgio Humberto, membro da Comissão do Ambiente, Clima e Segurança Alimentar, defende que a melhor resposta ao risco crescente de incêndios e secas “assenta na sensatez de nos prevenirmos”.
Na sessão plenária de Estrasburgo, o eurodeputado discursou a propósito do tema União Europeia de Preparação à luz da próxima época de incêndios florestais e secas.
“O caminho é este”, explica Sérgio Humberto, “uma verdadeira União Europeia é uma União preparada, resiliente e cooperante entre si, disponível a partilhar o esforço coletivo por um amanhã melhor”.
Para ajudar os países a responder a incêndios catastróficos, a União Europeia tem reforçado o Mecanismo de Proteção Civil da União e, em particular, a iniciativa rescEU, que constitui uma reserva estratégica de meios de emergência.
“Foi com o impulso do PPE no Parlamento Europeu que a União reforçou o programa rescEU, com mais aviões, mais equipas de intervenção e mais fundos para a gestão sustentável da floresta. Só este ano, foram mobilizados mais de 500 milhões de euros para prevenção e resposta a desastres naturais”, avança o deputado do PSD.
Atualmente, para a época de fogos de 2025, a União Europeia já disponibiliza, em conjunto com os Estados participantes, um leque significativo de recursos comuns: vinte e dois aviões bombardeiros de água e quatro helicópteros alocados em dez países europeus, prontos a ser mobilizados rapidamente e para qualquer país em necessidade.
Para além disso, quase 650 bombeiros de catorze países estão pré-posicionados em zonas de alto risco (Portugal, Espanha, França e Grécia) durante os meses de verão. “Estas equipas multinacionais podem ser destacadas imediatamente para reforçar os operacionais locais em caso de grandes incêndios fora de controlo”, diz Sérgio Humberto.
“Este tipo de resposta conjunta salva vidas e protege o património natural, demonstrando o valor acrescentado da União Europeia”, conclui o eurodeputado.
Todos os países são incentivados a partilharem avaliações de risco e melhores práticas de gestão florestal e ordenamento do território, para mitigar as causas dos incêndios.
Nos últimos anos, os incêndios florestais tornaram-se uma preocupação por toda a europa, não se limitando aos meses de verão, nem aos países do sul. A temporada de fogos está a ficar mais longa e imprevisível, com incêndios de grande dimensão a ocorrerem também em épocas atípicas e em latitudes mais elevadas. O ano de 2024 foi o mais quente já registado a nível global.