A eurodeputada Lídia Pereira defendeu esta terça-feira, 8 de julho, na sessão plenária do Parlamento Europeu, que a União Europeia precisa de transformar a sua liderança em inovação cleantech em ecossistemas industriais robustos, capazes de gerar crescimento económico, empregos qualificados e soberania estratégica.
"A Europa é uma potência mundial em inovação cleantech — lideramos em patentes, investigação e tecnologias verdes. Mas falta-nos transformar essa inovação em ecossistemas industriais robustos", afirmou a social-democrata, alertando que o financiamento europeu continua fragmentado, avesso ao risco e demasiado lento.
Lídia Pereira lembrou que o setor europeu das tecnologias limpas requer mais de 1,5 mil milhões de euros em investimento até 2030, um valor que classificou não como um custo, mas como “um investimento com retorno económico e social.” E defendeu, por isso, a criação de instrumentos de mitigação de risco, empréstimos verdes, financiamento baseado na produção e, sobretudo, “uma nova forma de avaliar risco e valor num mundo em transição climática.”
Para a eurodeputada do PSD, o setor financeiro tem de assumir um papel mais ambicioso: “Não basta preservar valor — é preciso criá-lo. Uma transição justa exige que o capital chegue aos inovadores, aos territórios em transformação e às indústrias que descarbonizam.”
Lídia Pereira concluiu reforçando a visão do Grupo PPE para o Clean Industrial Deal: “A nossa ambição é clara: tornar o Clean Industrial Deal financiável e fazer da Europa líder mundial nesta transição. Investir no que conta. Apoiar quem ousa."