campaign-5
  • 21 de Março, 2013

Air France coloca passageiros em Perigo no Aeroporto de Lisboa

Mário David no passado dia 19 de Março viajou de Paris para Lisboa no voo Air France 1924, com chegada prevista às 17h25. Um voo sem história, uma aproximação normal e, surpresa, toque das rodas no chão e aterragem abortada! O Comandante justificou a operação com um golpe de vento. Nova aproximação, calma, e um novo "borregar"! Aí, o Comandante voltou a anunciar "ventos traiçoeiros" e "garante" que "à terceira será de vez"!

 

Desde há 24 anos no Parlamento Europeu, Mário David tem mais de 1000 aterragens em Lisboa, e nunca tinha "borregado" no aeroporto de Lisboa! O Eurodeputado Social-democrata ao sair do avião reparou na ficha de bordo e comentou com a Chefe de Cabine a coincidência de tal ter ocorrido num dia em que a tripulação incluía 2 co-pilotos chineses. A Chefe de Cabine teve uma reacção intempestiva, arrancando a ficha afixada.

 

Mário David destaca de tal episódio os seguintes factos: "naquele dia, em Lisboa, nenhum outro voo abortou a aterragem! Quando das duas tentativas "frustradas", o vento era de 10 nós contrários e de 350 graus, as condições ideais para uma aterragem na pista principal de Lisboa, pelo que os Controladores Aéreos ficaram atónitos quando, e por duas vezes, o Comandante comunicou à Torre que tinha "borregado" por se sentir "inconfortável" com um vento inexistente! Consegui também apurar que a Air France tem um contrato de formação de pilotos chineses."

 

Após este enquadramento, o Membro do Parlamento Europeu questionou a Comissão Europeia e o Conselho:

 

"Porquê uma pergunta parlamentar à Comissão, quando poderia apenas depositar uma queixa contra a Air France? Em primeiro lugar porque gostaria de saber se uma empresa aérea da UE, e no seu espaço aéreo, pode fazer voos de treino em voos comerciais, com passageiros?

 

Caso afirmativo, há ou não a obrigação da concordância das autoridades dos países das rotas em que tais treinos são efectuados? E assiste ou não aos passageiros o direito de saber previamente a existência de tais treinos? E é ética e deontologicamente aceitável que o Comandante minta aos passageiros?

 

Embora não sendo verdade, vamos assumir que o treino é totalmente isento de perigo: mas se um passageiro com o susto, sucumbir a uma crise cardíaca de quem é a responsabilidade? Do vento?

 

Finalmente, uma pergunta ainda mais dramática: os pilotos em treino estavam a treinar directamente uma operação de "borregar" ou falharam a aterragem e colocaram a integridade física dos passageiros em perigo, tendo o Comandante sido forçado a abortar as duas aterragens?"