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  • 20 de Maio, 2010

Certificados de aforro: Mário David acusa Governo de privilegiar Banca internacional em detrimento de cidadãos nacionais

 

 

O Eurodeputado português e Vice-Presidente do PPE Mário David,  enviou esta manhã uma Pergunta à Comissão Europeia sobre a estratégia do Governo português relativamente aos juros da sua dívida onde acusa o Governo de privilegiar a Banca internacional em detrimento de incentivos aos certificados de aforro. Mário David considera "escandaloso" que o Governo prefira pagar juros muito mais altos a entidades estrangeiras do que aqueles que oferece aos cidadãos nacionais.

Face ao elevado custo que Portugal está a pagar de juros sobre a sua dívida, Mário David colocou algumas questões à Comissão Europeia, pois considera que o Governo Português deveria melhorar as condições que oferece aos cidadãos nacionais que compram dívida pública da República por via de Certificados de Aforro.

Segundo o Deputado do PSD, "é escandaloso que o Governo Português privilegie pagar juros muito mais altos a entidades estrangeiras do que aqueles que oferece aos cidadãos nacionais, para mais quando esta forma de poupança é um dos instrumentos mais utilizados pelas classes mais carenciadas! Não! De forma ultrajante, traduzindo uma insensibilidade social incompreensível e inaceitável, o Governo Português prefere pagar mais às instituições financeiras que operam nos mercados internacionais, fomentando mesmo a fuga de capitais nacionais que assim podem ter maior remuneração no estrangeiro à custa da dívida da República!"

 

O Estado Português remunera os Certificados de Aforro a 0,797%, a União Europeia cobra à volta de 5% pelo empréstimo do seu Fundo de Emergência e são conhecidos os spreads que têm sido impostos a Portugal nos leilões internacionais, com a taxa actual nos 4,603%! Um diferencial de quase 400 pontos! Daí em Portugal o peso da poupança das famílias no PIB ser apenas de 4,6%, dos mais baixos da Europa!

 

Segundo Mário David, esta seria uma opção "menos onerosa de contratação da dívida, melhoraria substancialmente as condições de vida dos cidadãos nacionais, diminuiria a sempre crescente exposição em termos de dívida externa melhorando os rácios de poupança nacional, um aspecto essencial para o desenvolvimento de Portugal em todas as circunstâncias mas muito principalmente agora!"