Eurodeputado Mário David critica que Portugal perca Delegações de Brasil, Angola, Moçambique e Guiné

Eurodeputado Mário David critica que Portugal perca Delegações de Brasil, Angola, Moçambique e Guiné

Mário David afirma-se "esputefato" e que foi com "repúdio" que tomou "conhecimento da listagem dos primeiros Chefes de Delegação da União Europeia no âmbito do novo Serviço Europeu de Acção Externa, em que se inclui apenas a indigitação de uma cidadã portuguesa para a Missão do Gabão."

 

Mário David condena ainda "veementemente a Alta Representante por se ter permitido afirmar publicamente que o posto de Chefe de Delegação no Brasil não tinha sido provido por se ter considerado que nenhum dos candidatos da seleção final recolhia as qualidades necessárias para o desempenho do cargo."

 

O Deputado do PSD diz não conhecer pessoalmente "o perfil e o curriculum dos outros candidatos", pelo que não se pronuncia sobre as suas competências.

 

Contudo, relativamente à candidatura portuguesa, afirma que teve a oportunidade "quando no desempenho de funções governativas, de conhecer a candidata portuguesa, a Embaixadora Luísa Bastos de Almeida, [pelo que] os termos utilizados pela Alta Representante são totalmente inaceitáveis!", acrescentado ainda que, no seu entendimento, "a candidata portuguesa só não foi escolhida por isso mesmo, por ser portuguesa e o Brasil ser um posto demasiado apetecível para outros Estados Membros que terão certamente apresentado candidatos com menores qualificações, pelo que a única saída foi anular o concurso!".

 

Lamentando que "o Governo português tenha sofrido uma pesada derrota neste concurso, perdendo a indigitação das chefias das Missões da União Europeia no Brasil, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau!", concluí que o Governo "parece ter ficado muito feliz com o Gabão! Prioridades bizarras!"

 

Na pergunta enviada à Comissão e ao Conselho, o eurodeputado Mário David questiona as razões que levaram à anulação do Concurso: "Sem me intrometer numa análise sempre subjectiva, podem a Comissão e o Conselho explicar a utilização de tão falacioso e insultante argumento para anular o concurso?"