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  • 7 de Maio, 2025

Eurodeputados questionam Comissão Europeia sobre interconexões energéticas

As delegações do PSD e do CDS no Parlamento Europeu enviaram esta tarde uma pergunta escrita à Comissão Europeia sobre “o estado actual dos projectos de interconexão transfronteiriça desde a Declaração de Madrid de 2015 e dos acordos subsequentes?”

O Parlamento Europeu tem agendado um debate para esta quarta-feira sobre a “Capacidade de resistência e necessidade de melhorar a interligação das infraestruturas de redes de energia na UE: os primeiros ensinamentos do apagão na Península Ibérica” O debate contará com a participação do Conselho e da Comissão.

Na sequência do corte de energia do passado dia 28 de abril de 2024 que afectou toda a rede eléctrica em Espanha e Portugal, os eurodeputados portugueses questionaram a Comissão sobre a “frequência com que a Comissão se reuniu com o Grupo de Alto Nível para as Interconexões do Sudoeste da Europa e quais foram os resultados?”

As delegações portuguesas que integram o grupo Parlamentar do Partido Popular Europeu lembram que o corte evidenciou “graves vulnerabilidades e a necessidade urgente de uma infraestrutura energética resiliente.” e sublinham que “apesar dos compromissos assumidos na Declaração de Madrid de 2015 e dos acordos subsequentes, bem como dos projectos de interesse comum e mútuo, a Península Ibérica continua a ser uma das regiões menos interligadas da UE, o que constitui uma questão de segurança energética para toda a União.”

Na pergunta enviada à Comissão Europeia, os eurodeputados questionam ainda sobre dois tipos de medidas relacionadas com a investigação: 1- “as que irão os reguladores europeus adotar para investigar as causas do corte de energia e quanto tempo será necessário” e 2- as medidas que permitirão assegurar “a transparência do processo de investigação e evitarão incidentes semelhantes no futuro”

Querem ainda saber que “planos específicos estão a ser levados a cabo pela Comissão para modernizar a rede de energia para as fontes de energia renováveis? Como é que estas actualizações se alinham com o objetivo de 15% de interligação até 2030 e que impacto terão na autonomia e resiliência energética da UE?”