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  • 30 de Janeiro, 2024

Ferrovia abre debate entre Eurodeputada do PSD e Comissária para os Transportes

Na mais recente sessão da Comissão de Transportes do Parlamento Europeu, a Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar confrontou a Comissária dos Transportes da Comissão Europeia, Adina Ioana V?lean, sobre o desenvolvimento da ferrovia em Portugal.

A eurodeputada do PSD destacou a estagnação do governo socialista português no que toca à implementação de uma infraestrutura ferroviária eficiente e eficaz, tanto para mercadorias como para passageiros. "É preocupante", afirma a Eurodeputada, "visto que há financiamento disponível que corre o risco de ser perdido”, em particular do Mecanismo Interligar a Europa. A necessidade de uma rede ferroviária competitiva, capaz de melhorar a mobilidade em todo o país, desde Viseu a Lisboa, afirma “é essencial para reduzir o tráfego rodoviário e melhorar a qualidade ambiental.”

Outro ponto crucial abordado foi a manifestação recente em Espanha, onde mais de 15 mil pessoas exigiram a inclusão de Salamanca no corredor do Atlântico. Cláudia Monteiro de Aguiar questionou a escolha do governo Português pela opção da ligação de alta velocidade Aveiro - Salamanca. “Parece-me estranho que Portugal tenha optado pela ligação de alta velocidade Aveiro - Salamanca na sua Rede transeuropeia de Transportes, em detrimento da ligação de Bragança-Vila Real - Zamora, quando da parte do governo Espanhol, não há essa intenção. Estamos a falar de uma descoordenação entre dois governos” socialistas. 

Concordando com as afirmações da Eurodeputada, a Comissária Europeia dos Transportes confirmou que, de facto, Portugal acrescentou à sua rede principal de infraestruturas ferroviárias a alta velocidade para passageiros Aveiro - Salamanca, mas Espanha, do seu lado, não o fez. Aquilo que a Comissão propôs inicialmente foi uma ligação contínua entre os dois países, dentro da rede principal, porque dentro desta estabelecem-se prazos mais curtos e financiamento específico. Mas,segundo a Comissária o que vai acontecer na prática é que Portugal vai ter do seu lado uma linha de alta velocidade superior a 200 km por hora, com um prazo de conclusão até 2030, e do outro lado da fronteira haverá um troço convencional com uma velocidade mínima de 100 km por hora, com um prazo de conclusão até 2050.

Para Cláudia Monteiro de Aguiar é preciso clarificar junto do Secretário de Estado dos Transportes, Frederico Francisco, a justificação dada pelo mesmo à comunicação social  do “suposto acordo entre Portugal e Espanha.”