O eurodeputado Hélder Sousa Silva apelou, durante a sua intervenção na Sessão Plenária do Parlamento Europeu, à celeridade na definição de novos recursos próprios, de modo a que o reforço orçamental após 2027 não sobrecarregue os contribuintes europeus com mais impostos. “Precisamos de redesenhar o Quadro financiamento Plurianual”, alertou o português.
No decurso da sua intervenção, na Sessão Plenária, em Estrasburgo, Hélder Sousa Silva classificou como o “grande desafio” desta Legislatura a definição do próximo Quadro Financeiro Plurianual após-2027, dada a necessidade conciliar o investimento em novas áreas com a manutenção das atuais prioridades. E explicou: “Se por um lado, é essencial salvaguardar que as políticas tradicionais da UE, como a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum continuam a ser devida e autonomamente financiadas, de forma a garantirem equilíbrio, autonomia e competitividade territorial em todas as regiões da União; por outro lado, é essencial garantir financiamento para as novas prioridades, como competitividade e inovação, preparação e resposta a crises ou Segurança e Defesa”.
No entanto, é necessário salvaguardar que os cidadãos europeus e as gerações futuras não são prejudicados com mais impostos nem com cortes nos programas-chave da UE. A solução passa pelo alargamento das fontes de receita da União Europeia, com a taxação de setores que, atualmente, não contribuem ou contribuem muito pouco para o orçamento europeu, garantindo novos e genuínos recursos próprios, de modo a que o necessário reforço orçamental “não seja feito através de mais impostos, não sobrecarregando os contribuintes europeus”.
Numa altura em que é urgente investir mais e melhor, reforçando o valor-adicional europeu para alcançar os objetivos e prioridades propostos, é fundamental dotar a União de recursos financeiros adequados para responder aos desafios e ambições dos nossos cidadãos, abandonado o “dogma do 1% do RNB” da UE, como limite do orçamento. O Eurodeputado português exortou, igualmente, as três instituições a se que alcance rapidamente o ambicionado acordo para a introdução de novos recursos próprios.
O Eurodeputado concluiu que este é o tempo de “redefinir o próximo QFP, de forma a que ninguém fique para trás, nem a União Europeia, nem os seus cidadãos”.