A eurodeputada Lídia Pereira interveio esta terça-feira, 8 de julho, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, para sublinhar que a Lei Europeia do Clima é mais do que um conjunto de metas – é uma promessa à próxima geração.
"A Europa nasceu da coragem de transformar conflito em cooperação, de erguer a paz a partir da indústria e da energia. Hoje, voltamos a precisar dessa coragem. Esta lei não é apenas sobre o clima, é sobre nós e o que deixamos aos que vêm depois de nós", afirmou.
Para Lídia Pereira, mais importante do que a fixação de metas numéricas é garantir que a Europa “segue o rumo certo, com ambição, equilíbrio e resultados”, defendendo que a liderança europeia não deve ser definida pela “obsessão com um número, mas pela capacidade de alcançar progressos reais, sustentáveis, sem sacrificar a competitividade que sustenta o nosso modelo social.”
A eurodeputada alertou para a pressão crescente sobre as indústrias europeias e advertiu que “sem investimento, sem inovação e sem energia acessível, a transição climática será feita à custa da desindustrialização. E isso não pode acontecer.”
Defendeu medidas concretas como a criação de um Banco Europeu de Descarbonização, com mais de 100 mil milhões de euros, para financiar tecnologias que não apenas reduzam emissões, mas que as tornem negativas. Sublinhou, porém, que “o financiamento privado será essencial para atingir estes objetivos”.
Lídia Pereira reiterou ainda a importância de garantir que ninguém fica para trás, defendendo que os mecanismos de compensação, como o ETS, sejam utilizados para apoiar os europeus, transformando a transição “numa oportunidade e não num fardo.”
"Os nossos objetivos devem ser guiados pela ciência e pela coragem. A coragem de agir, de liderar, de acreditar", concluiu, apelando a que a Lei Europeia do Clima seja aplicada com justiça social, ambição e visão estratégica, assegurando uma Europa verde, competitiva e solidária.