O debate sobre o Semestre Europeu no Parlamento Europeu, na ordem de trabalhos da sessão plenária que decorreu entre 25 e 28 de novembro em Estrasburgo, centrou-se na importância de alcançar um equilíbrio entre rigor orçamental e estímulos ao crescimento económico.
Lídia Pereira, eurodeputada do PSD, sublinhou que "Portugal é um exemplo de como conciliar contas públicas equilibradas com políticas que promovam crescimento e justiça social", mas alertou que "a Europa, tendo o diagnóstico feito pelo Relatório Draghi, tem agora o desafio de implementar medidas concretas que fomentem a competitividade e o investimento".
As Previsões Económicas de Outono da Comissão Europeia demonstram que, embora o crescimento e a redução do défice sejam positivos, os números permanecem modestos. Está previsto um crescimento de apenas 2% para o bloco europeu ao longo dos próximos três anos, acompanhado de défices na ordem dos 3%.
Para Lídia Pereira, "estes números são um sinal de alerta e justificam a adoção de diversas, desde logo no que respeita à redução de burocracias e custos administrativos excessivos, para se conseguir facilitar e promover investimentos” e lembra que “a nova Comissão Europeia tem “este objetivo entre os seus desígnios, sendo aliás uma das missões da nova Comissária portuguesa, Maria Luís Albuquerque”.
Portugal foi reconhecido pela Comissão Europeia pelo cumprimento dos objetivos orçamentais e pela utilização estratégica da flexibilidade do Semestre Europeu para reforçar serviços públicos e melhorar condições laborais no setor público. Sobre este ponto, Lídia Pereira destacou que "não basta ser bom exemplo; é essencial que a Europa siga o mesmo caminho e implemente reformas estruturais que libertem o potencial económico dos seus Estados-Membros".
Para a eurodeputada do PSD, “o equilíbrio orçamental não é um fim em si mesmo, mas uma ferramenta para garantir políticas públicas robustas, amortizar a dívida pública e atrair investimentos, pois precisamos de estabilidade e previsibilidade para tornar a Europa atrativa para investidores globais", concluiu.