campaign-5
  • 9 de Junho, 2010

Mário David denuncia hipocrisia sobre o cultivo de OGM´s na UE

 

 

 

 

O Eurodeputado português e Vice-Presidente do PPE Mário David, enviou esta manhã uma Pergunta à Comissão Europeia sobre a sua disponibilidade para regulamentar a produção do cultivo de soja geneticamente modificada na UE.

 

Segundo Mário David, a manutenção da "decisão de proibição do cultivo de Soja geneticamente modificada em território Europeu é motivo de grande preocupação.A hipocrisia vai ao ponto de os alimentos geneticamente modificados serem regularmente importados e consumidos na Europa sendo que, no entanto, o cultivo de grande parte destes produtos em solo Europeu se encontra restringido/proibido legislativamente."

Para o Deputado do PSD que integra a Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, tal decisão "parece-nos amplamente penalizante para o sector agro-pecuário Europeu e tem impactos profundos e extremamente deletérios na economia Europeia."

Tendo em conta que a Europa importa anualmente um volume de 35 milhões de toneladas (aproximadamente 7 mil milhões de euros) de Soja e derivados para incorporação na alimentação animal e humana, sendo 90 % destes de origem geneticamente modificada, o Deputado português considera que "a liberalização devidamente regulamentada do seu cultivo deveria estar presente na agenda política da Comissão Europeia."

Segundo Mário David, com a liberalização devidamente regulamentada do cultivo de Soja OGM em Estados membros, a Europa: "diminuiria consideravelmente a pegada de carbono (GhG) por tonelada de biocombustível produzida; teria uma balança comercial mais equilibrada, reduzindo o volume de importações extracomunitárias, ao mesmo tempo que regularia mais eficientemente o preço a que estas se efectuam; diminuiria a dependência das capacidades de produção Norte e Sul Americanas de Soja, o que pensamos ser um movimento de extrema importância estratégica dado que a Soja é hoje uma das mais relevantes matérias-primas relacionada com a alimentação humana (por via directa ou indirecta - produção animal); diminuiria a quantidade de adubos utilizados no solo, bem como reduziria a poluição nítrica resultante da actividade agrícola; aumentaria o emprego resultante de um aumento de competitividade da indústria ligada à Soja, nomeadamente a indústria pecuária e de produção de óleos vegetais bem como de biocombustíveis; aumentaria a receita fiscal, como consequência de um aumento da competitividade destas indústrias."

Na opinião do Deputado do PSD, o interesse da "manutenção da proibição de Soja OGM na Europa é exclusivo de países do continente Americanoe dos seus agricultores, que continuam a beneficiar largamente desta restrição que retira pura e simplesmente aos Agricultores Europeus qualquer capacidade de operarem no mercado da Soja."

Mário David enviou a seguinte questão à Comissão Europeia:

 

Tendo em conta o acima explanado e tendo obviamente em atenção o princípio da precaução, partilha a Comissão Europeia da nossa convicção de que deveria agir com prontidão, promovendo a liberalização regulamentada do cultivo de Soja OGM em solo Europeu