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  • 8 de Setembro, 2010

Mário David exige solidariedade da UE para com catástrofe no rio Jordão

 

 

 

O Deputado europeu do PSD, Mário David, fez hoje uma intervenção sobre a situação no Rio Jordão, com particular ênfase para a zona do respectivo Curso inferior, na Sessão Plenária do Parlamento Europeu, que decorre esta semana em Estrasburgo.

 

Para o Eurodeputado que preside à Delegação do Maxereque do Parlamento Europeu, a "catástrofe ambiental hoje em debate, embora ocorrendo fora do espaço geográfico da União, diz respeito a todos nós, cidadãos europeus."

 

Segundo Mário David, a noção de "desenvolvimento sustentável" em que acreditamos "é um conceito que não possui fronteiras administrativas nem credos religiosos e que olha para o Planeta como um todo e não como soma das partes que o compõem."

 

Na sua opinião, o rio Jordão é por isso um problema de "toda a humanidade e não somente das populações ou comunidades directamente afectadaspela escassez ou baixa qualidade da sua água."

 

"Think globally, act locally, diz-nos o bom senso! É isso que estamos hoje aqui a fazer: a pensar globalmente" afimou o Deputado.

 

Enquanto União Europeia, devemos "ajudar a agir localmente, como forma de minimizar e inverter esta permanente degradação do caudal e da qualidade das águas do Rio Jordão."

 

E para agir ou ajudar a agir a União tem já "enquadramento legislativo, institucional e instrumentos ao dispor! Respectivamente, a União para o Mediterrâneo, o seu Secretariado e o FEMIP gerido pelo Banco Europeu de Investimentos! Este é, obviamente, um tema que a Delegação deste Parlamento a que presido, a da relação com os Países do Mashrek, seguirá atentamente."

 

Para o Deputado português, é óbvio que a "acção conducente à resolução desta tragédia ambiental deverá, em primeiro lugar, ser empreendida pelos Estados e Autoridades locais cujas populações dela beneficiam directamente."

 

Neste âmbito sublinhou 2 ideias presentes na Resolução Conjunta sobre esta matéria que será votada amanhã em Plenário:

 

"Em primeiro lugar, a criação de uma Comissão para a Gestão da Bacia de todo o Rio Jordão, constituída por representantes dos Estados ou autoridades que utilizam aquelas águas. E aqui a Europa poderá ajudar, partilhando, por exemplo, a experiência da Comissão Internacional para a Protecção do Rio Reno.

 

Em segundo o apoio e a disseminação de boas práticas no que diz aos projectos comunitários conjuntos, envolvendo cidadãos jordanos, israelitas e palestinianos, nomeadamente os promovidos pelos Amigos da Terra Médio Oriente, relativamente à eficiente e correcta gestão dos recursos hídricos da bacia do vale do rio Jordão."

 

A terminar, Mário David acrescentou ainda que, "num âmbito mais vasto, realçar o exemplo de cooperação e convivência pacífica que este desígnio traduz: no momento em que, embora lamentando a ausência da União Europeia no processo, se saúda e encoraja o retomar do novo processo de diálogo directo entre Israel e a Autoridade Palestiniana, a atitude responsável e construtiva em torno do Rio Jordão demonstra a vontade inequívoca das populações colaborarem na busca de soluções concretas."