As pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da economia europeia e o principal motor de crescimento económico na União, sendo ainda as maiores responsáveis pela criação de emprego na Europa.
Elas são, todavia, frágeis, dispondo de poucos e fracos meios para sobreviver à crise económico-financeira que atravessamos e que as tem vindo a debilitar até ao ponto de sucumbirem. Eis o que vem acontecendo por toda a União, agravando-se nos países sob assistência externa como é o caso de Portugal.
Nestas condições, os bancos tornaram-se mais prudentes, criando novas barreiras no acesso ao crédito; as PME, por sua vez, ficam ainda mais fragilizadas pela dificuldade de acesso ao crédito, tendo-se criado um círculo vicioso que arruína as PME, a classe média e o que deveria ser a base mais sólida e estável da economia de um país.
O presente relatório, pelo qual felicito o relator, evidencia a possibilidade de contribuirmos para inverter esta situação e de criarmos condições para facilitar o acesso das PME ao financiamento necessário, nomeadamente combatendo a desproporção do nível de informação e de poder negocial entre as PME e os bancos. Neste contexto, importa reforçar o poder das PMEs através das propostas apresentadas neste relatório: (1) profissionalização do sector; (2) melhoria da cooperação e intercâmbio de informação entre as PME e os mutuantes; (3) acompanhamento mais regular da situação financeira das PME; (4) estabelecimento de regras claras para a utilização de garantias (pessoais) e (5) estabelecimento de regras claras para reembolsos antecipados, eventuais encargos e o cálculo de perdas de ganhos.
Estamos a perder muito e há muito a ganhar pelo que é urgente actuar!