Patrão Neves explicou que "a Comissão Europeia apresentou, em Abril passado, uma proposta de gestão do stock do carapau para as águas comunitárias do Atlântico Este, situadas entra a península Ibérica e o norte do Mar do Norte, com o propósito reconstituir esta unidade populacional para níveis de povoamento que permitam exercer uma pesca sustentável de modo a mante-la em níveis que não afectem a capacidade reprodutiva da unidade".
A Eurodeputada referiu também que "a frota portuguesa, com acesso a este recurso na zona VIII-C do CIEM (Conselho Internacional para a Exploração do Mar) opera nesta zona com embarcações de cariz essencialmente artesanal, capturando pescado cujo principal destino é o consumo interno, em fresco e de elevada qualidade. Mais a Norte, pelo contrário as capturas efectuadas nas restantes águas ocidentais, são destinadas ao comércio externo de congelados, sendo o pescado capturado com recurso a embarcações maiores afectas ao segmento da pesca industrial".
No sentido de "defender o superior interesse da pesca nacional", PatrãoNeves apresentou uma série de propostas para tornar este dossier "mais adequado às necessidadesda frota artesanal portuguesa que operará ao abrigo deste plano."
Apesar de ter conseguido viabilizar a maior parte das propostas que assinou, Patrão Neves ficou "desapontada" com o facto de a família socialista ter inviabilizado, em votação na Comissão de Pescas do PE, a sua proposta que visava garantir uma divisão do TAC (total admissível de captura) para o carapau, previsto neste Regulamento, tendo em conta as diferentes realidades de pesca, artesanal e industrial.
Esta proposta que "pretendia defender de uma forma justa, o interesse da pesca artesanal portuguesa" irá agora ser apresentada em plenário pela Eurodeputada.