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  • 13 de Outubro, 2010

Relatório Rangel sobre o Acordo-Quadro Parlamento/Comissão votado na próxima semana em Estrasburgo

Aquando da aprovação na Comissão de Assuntos Constitucionais, o relator Paulo Rangel considerou "que o acordo revisto constitui uma evolução muito importante para o Parlamento no âmbito da cooperação com a Comissão e avança no sentido da democratização da União Europeia. "

Esta foi a segunda vez na história da União Europeia que a Comissão de Assuntos Constitucionais foi chamada a pronunciar-se sobre os acordos interinstitucionais através de um relatório. Tratou-se também do primeiro acordo-quadro negociado desde a aprovação do Tratado de Lisboa.

Com a entrada em vigor do também chamado "Tratado dos Parlamentos", o Acordo assumiu uma relevância especial uma vez que se tratou de definir as relações entre duas instituições numa altura em que o Parlamento Europeu recebe novos poderes, nomeadamente no processo legislativo, sendo colocado a par do Conselho Europeu. Entre outros, são pontos-chave do sucesso da equipa negociadora os seguintes: nas negociações internacionais a inclusão de disposições pormenorizadas tendo em conta o reforço do papel do Parlamento Europeu, tanto em matéria de acesso à informação como na participação em conferências internacionais, o acesso do Parlamento a informações confidenciais e   a revisão de todas as propostas pendentes no início do mandato da nova Comissão, a fim de as confirmar politicamente ou retirá-las, tendo em conta as opiniões expressas pelo Parlamento Europeu.

O acordo-quadro aborda questões como a responsabilidade política das duas instituições, a circulação das informações entre ambas, as relações externas, o alargamento e acordos internacionais, a execução do orçamento, o programa político e legislativo da Comissão e programação plurianual da União, a competência normativa e poderes de execução específicos da Comissão, o controlo da aplicação do Direito Comunitário e a participação da comissão nos trabalhos parlamentares, entre outras.