Paulo Cunha, membro da Comissão da Indústria e Energia, participou hoje numa conferência dedicada à sustentabilidade e circularidade na indústria têxtil da União Europeia, organizada pelos eurodeputados Sirpa Pietikäinen (PPE) e Rasmus Nordqvist (Verdes/ALE). O evento reuniu diversos atores do setor e representantes da Agência Europeia do Ambiente para debater os desafios e oportunidades que a indústria têxtil enfrenta.
Na intervenção, Paulo Cunha ressaltou a importância crucial do setor têxtil, que emprega 1,3 milhões de trabalhadores em cerca de 200 mil empresas, a maioria delas pequenas e médias empresas (PMEs). “A indústria têxtil é um dos pilares da nossa economia, mas enfrenta desafios significativos, como a instabilidade geopolítica e a crise energética”, destacou o eurodeputado.
Paulo Cunha sublinhou a necessidade de estabelecer políticas comerciais rigorosas para evitar a concorrência desleal e proteger o setor têxtil europeu de práticas de países que não cumprem os mesmos padrões ambientais e laborais.
Quanto às questões energéticas, ressaltou a urgência de se resolver a crise, dada a dependência da indústria têxtil em processos de produção intensivos em energia. A transição para fontes de energia renováveis e tecnologias mais eficientes é essencial e deve ser apoiada.
O eurodeputado também destacou a necessidade de garantir que as PMEs tenham acesso a recursos financeiros e a um enquadramento regulatório que promova a inovação e a adoção de práticas sustentáveis.
O evento contou também com apresentações de várias empresas inovadoras, como a Sports Group Denmark, Pure Waste Textiles e Södra, que partilharam a sua experiência relativamente a circularidade e sustentabilidade. Representantes da EURATEX e da Global Fashion Agenda abordaram a estratégia para fortalecer a cadeia de valor dos têxteis na União Europeia.
Paulo Cunha concluiu a intervenção com um apelo à união de esforços no apoio às PMEs, no fomento da inovação, na resolução dos desafios da crise energética e na procura de uma competição justa no mercado global. Reafirmou a importância do Pacto Industrial Verde na criação de condições favoráveis para o setor têxtil e a responsabilidade dos legisladores neste sentido.