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  • 6 de Julho, 2011

“UE vive momentos de tensão e incerteza agravados por líderes receosos e onda populismo e nacionalismo” agravados por líderes receosos e onda populismo e nacionalismo”

No debate sobre o programa de actividades da Presidência polaca do Conselho, o Eurodeputado criticou a postura dos actuais líderes europeus, a quem responsabilizou directamente pelo agravamento da actual situação de crise.

“A União Europeia vive momentos de tensão e de incerteza, agravados pelo facto de termos líderes europeus receosos e uma onda de populismo e nacionalismo que cresce”, declarou José Manuel Fernandes.

A crise do Euro e o regresso das fronteiras na Dinamarca, a par do agravamento do descontentamento popular e das mais recentes vitórias eleitorais de grupos nacionalistas em diferentes países, foram apontados como sinais do actual momento da Europa.

Reforçando a ideia deixada já na discussão sobre o novo Quadro Financeiro Plurianual proposto pela Comissão Europeia, o Eurodeputado José Manuel Fernandes apelou à concretização de medidas que garantam um reforço da integração europeia e da capacidade de intervenção das instâncias comunitárias.

“Tenho a convicção que ou saltamos este ‘momento’ com mais Europa, avançando na integração europeia, ou retrocedemos e afundamo-nos”, alertou.

Nesse contexto, o Eurodeputado salientou a importância do trabalho da Comissão Europeia e o papel crucial a desempenhar pela Presidência da Polónia no Conselho, “para o regresso ao crescimento económico, à solidariedade de facto e à estabilidade do euro”.

O sucesso do Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 e da estratégia UE 2020 é considerado como decisivo para o futuro da Europa. José Manuel Fernandes salienta, por isso, a necessidade de “um orçamento à altura e uma governação económica forte e convergente”.

O Eurodeputado do PSD manifesta-se claramente a favor da proposta apresentada pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, para o novo Quadro Financeiro Plurianual. No debate em plenário sobre esta matéria, José Manuel Fernandes salientou a importância de concretização de novos recursos próprios capazes de reforçar a capacidade de intervenção e autonomia da UE. Além de saudar a proposta de taxa sobre as transacções financeiras, José Manuel Fernandes espera que outras propostas para assegurar novos recursos próprios sejam discutidas, tal como a taxa sobre as licenças de emissão.

O Eurodeputado espera ainda que “o superavit orçamental de cada ano seja o mais reduzido possível e que seja somado ao orçamento do ano seguinte, em vez de funcionar como um crédito para os Estados-Membros”.

“A estratégia da União Europeia 2020 é a grande guia das novas Perspectivas Financeiras. Para que os seus objectivos sejam atingidos é necessário que o orçamento tenha as verbas suficientes e que o valor acrescentado desse mesmo orçamento seja maximizado”, defendeu José Manuel Fernandes, fazendo questão de frisar o desafio para “que o método de governação passe a ser definitivamente o método comunitário”.