Para além de um acordo vinculativo com regime internacional de sanções, José Manuel Fernandes defende que, independentemente da posição que vier a ser assumida pelas outras grandes potências mundiais, a União Europeia deve manter a forte aposta no desenvolvimento de uma economia mais ecológica e inovadora.
Membro suplente da Comissão do Ambiente no PE, o Eurodeputado português recusa-se a concordar “que a UE se auto-limite em 30% nas emissões de CO2, em vez da meta de 20%, se tal não tiver o devido acompanhamento de outros países, nomeadamente, dos Estados Unidos”.
“Isto não significa que a ambição da UE deva diminuir. Pelo contrário, considero que, mesmo que outros não nos acompanhem, temos de continuar a apostar na investigação científica, na inovação tecnológica de energias descarbonizadas, na eficiência energética e na criação de empregos verdes de forma a aumentarmos a nossa competitividade”, sustentou José Manuel Fernandes.
Em seu entender, esta linha estratégica da União Europeia deve manter-se apesar das informações disponíveis indicarem que “a UE contribui em 15% para as emissões globais, estimando-se que essa percentagem desça para 10% em 2030, enquanto que os EUA, a China e a Índia contribuem para metade das emissões globais com tendência a aumentar”.
“A UE tem sido líder no combate às alterações climáticas, e deve ser encorajada a reforçar essa liderança, mas sem esquecer os esforços tremendos que as nossas indústrias já fazem para fazer face às reduções obrigatórias de emissões no espaço europeu”, observou José Manuel Fernandes.
O Parlamento Europeu discutiu hoje, durante a sessão plenária de Estrasburgo, a preparação da Conferência de Cancún sobre o Clima, que decorre de 29 de Novembro a 10 de Dezembro.
O Eurodeputado português salienta a importância de se conseguir um acordo vinculativo onde conste um regime sancionatório internacional. Mas – salvaguarda – “este acordo só faz sentido se vincular os maiores emissores globais: Estados Unidos, China e Índia”.