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  • 25 de Novembro, 2020

Álvaro Amaro defende uma gestão integrada da "coexistência" com os grandes carnívoros nas zonas rurais.

O Deputado do PSD advertiu que o regresso dos grandes carnívoros “não é um caso uniforme na Europa”. Em Portugal “o lobo continua a ser um problema distante, embora os avistamentos e contactos tenham aumentado nos últimos anos, nomeadamente a Norte do país”.

Não obstante as variações nacionais e regionais registadas, esta é uma preocupação suscitada pelas povoações de todas as comunidades rurais, particularmente no contexto da continuada expansão da área de floresta da Europa.

Com o regresso de grandes carnívoros, levantam-se um conjunto de questões para as comunidades e actores rurais. Para o Presidente do Intergrupo do Parlamento Europeu “Biodiversidade, Caça e Ruralidade”, a principal prioridade dos actores políticos deve ser a segurança das povoações, agora ameaçada pela aproximação dos animais.

Há ainda questões relativas ao impacto dos carnívoros nas atividades chave dos territórios rurais, como a agricultura, pecuária, apicultura, ou até o turismo. É, por isso, fundamental envolver os agricultores, silvicultores, proprietários rurais e caçadores no processo de tomada de decisão.

Álvaro Amaro, dirigindo-se aos colegas do Intergrupo e aos representantes dos sectores, pediu “um quadro jurídico claro, elaborado à luz dos mais recentes desenvolvimentos técnicos e científicos” que não descure “um nível de flexibilidade suficiente para melhor responder aos desafios que os grandes carnívoros colocam a nível regional e local”.

Ao lembrar que a problemática em apreço é consequência dos esforços envidados na promoção da Biodiversidade, Álvaro Amaro deixou uma recomendação final para os responsáveis pela preparação de possíveis estratégias de gestão “é preciso evitar visões de campanário, que descurem os aspectos que saltam à vista dos actores rurais, no terreno”. O eurodeputado PSD responsável pelas áreas da Agricultura e do Desenvolvimento Rural no Parlamento Europeu, salientou, ainda, que uma boa solução passará sempre por “uma abordagem integrada e equilibrada”.