Na sessão plenária, em Estrasburgo, o eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho defendeu que a próxima cimeira da NATO, agendada para o final de junho, será um momento decisivo e um teste à capacidade de resposta da Aliança aos novos desafios globais e à capacidade dos seus membros cumprirem com as metas acordadas entre si.
Enquanto português, "vindo do país mais distante da guerra", Bugalho reafirmou o compromisso do Governo de atingir os 2% do PIB em investimento em Defesa até ao final deste ano, acrescentando que Portugal “não abdicará de cumprir o acordado nesta cimeira”.
Na presença da Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, o eurodeputado sublinhou que "o investimento em Defesa é hoje a forma mais urgente de solidariedade europeia", apelando às distintas prioridades políticas dos Membros da NATO:
"Aqueles que têm o Estado Social como prioridade sabem: não haverá serviços públicos sem Defesa. Aqueles que têm o crescimento como prioridade percebem: não haverá economia sem Defesa. Aqueles que têm as fronteiras como prioridade compreendam: não há segurança interna sem Defesa."
Bugalho relembrou as condições difíceis vividas por aqueles que vivem junto às fronteiras da guerra lembrando que “há médicos europeus que estudam medicina, não com batas, mas com coletes à prova de bala” e que “há unidades hospitalares construídas, não nas nossas ruas, mas debaixo do nosso chão”.
Neste que foi o debate plenário que serviu de preparação para a Cimeira da NATO, o eurodeputado deixou um apelo claro: "A escolha é simples: ou investimos em conjunto – ou falharemos, um por um. Cumpramos em conjunto."