A comissária Europeia para a Concorrência, Margareth Vestagher, elogiou ontem na Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE) a proposta da criação de um “ecossistema de simplificação” do acesso por parte das Pequenas e Médias Empresas (PME) aos recursos oferecidos pela Inteligência Artificial, apresentada pela eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho. E admitiu trabalhar nessa ideia com base nas infraestruturas existentes, nomeadamente os chamados “hubs digitais”.
Na sua intervenção a eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho considerou hoje, na sessão plenária de Bruxelas, que o novo programa de saúde EU4Health constitui “um passo em frente na construção europeia”, demonstrando, mais uma vez, que “não somos apenas uma união económica e monetária, mas uma verdadeira união de pessoas e para as pessoas”.
O plano de ação da União Europeia para a Saúde, que irá abranger o período 2021-17, foi um dos temas em destaque na plenária desta quinta-feira, tendo sido apresentado o relatório do Parlamento Europeu, da autoria de Christian Busoi, e ouvida a este respeito a comissária europeia da Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides. O relatório deverá ser aprovado nesta sessão pelo Parlamento.
Além de um significativo reforço de verbas, que triplicam em relação ao anterior Quadro Financeiro Plurianual, este plano de ação contempla um aumento das competências da União em matérias de saúde. Um passo que, considerou Maria da Graça Carvalho, a crise da COVID-19 veio demonstrar ser absolutamente necessário.
Além dos “benefícios na articulação de políticas destinadas a prevenir e combater doenças, incluindo pandemias”, a eurodeputada considerou que a nova estratégia “irá ainda assegurar melhor cooperação na investigação científica, desde a fundamental à clínica”. A esse respeito, elogiou a anunciada criação de uma Agência Europeia de Investigação Biomédica, “uma medida que vinha pessoalmente defendendo há muito tempo”.
Maria da Graça Carvalho considerou igualmente “crucial” a criação de uma base de dados europeia na área da saúde. “As nossas populações enfrentam problemas semelhantes, desde o cancro às doenças cardiovasculares. Faz sentido que partilhemos conhecimento, em busca de soluções que servirão a todos”, defendeu, ressalvando que o “respeito pela confidencialidade dos cidadãos” deverá ser assegurado neste processo.