O Eurodeputado do PSD Fernando Ruas reuniu ontem ao fim da tarde com o Comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises Christos Stylianides no Edifício Berlaymont- sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, na sequência da pergunta prioritária enviada à Comissão Europeia na passada Sexta-Feira, sobre “Ajuda Humanitária e de Protecção Civil à Ilha do Fogo (Cabo Verde)”.
O Comissário Europeu salientou que “tem acompanhado o evoluir da situação desde o primeiro dia, através de informações constantes fornecidas pelos serviços da Comissão”, expressando “a sua profunda preocupação pelo impacto da torrente de lava junto da população residente e nas infraestruturas da ilha”.
Christos Stylianides recordou ainda que “no seguimento do pedido efectuado por cabo Verde, foi enviada assistência material e dois peritos chegaram no dia 3 a Cabo Verde, no âmbito do Mecanismo de Protecção Civil da UE”, garantindo que “continuará a monitorizar o evoluir dos acontecimentos” e que estará “atento à necessidade do envio de mais assistência, caso seja necessário”.
O eurodeputado português do PSD Fernando Ruas, por sua vez, regista “com muito agrado, a disponibilidade, a abertura e a preocupação do Comissário Christos Stylianides relativamente ao assunto em apreço, bem como a celeridade com que deu resposta à solicitação que atempadamente lhe fizemos chegar”.
Fernando Ruas enfatizou ainda “a compreensão, o conhecimento e a rápida resposta dada pela Comissão à grave situação vivida no terreno pelas populações, na sequência das erupções vulcânicas registadas na Ilha do Fogo”, não deixando igualmente de salientar “a pronta resposta do Governo Português”.
Recordamos que no passado dia 28 e no seguimento do pedido de ajuda internacional efectuado pelo Governo de Cabo Verde, o eurodeputado português questionou a Comissão relativamente à possibilidade da atribuição de algum apoio a Cabo Verde, na forma de Ajuda Humanitária, Protecção Civil ou outra.
Relatos no local apontam para a destruição de mais de 50 habitações e igual número de depósitos de água, várias casas de apoio à pecuária e à agricultura, uma extensa área de terreno agrícola, a sede do Parque Natural, um hotel e uma escola básica. Provocou ainda a evacuação da localidade de Chã das Caldeiras, com mais de 1200 pessoas, não existindo até ao momento nenhum registo de vítimas.