Na sua intervenção, o eurodeputado eleito pelo PSD lembrou que o dia 24 de fevereiro de 2022 marcou o início de um grande terramoto geopolítico, com a Rússia a invadir a Ucrânia com centenas de milhares de soldados. “Ao longo de dois anos e oito meses, a Europa tem assistido à maior guerra de agressão do continente, desde a Segunda Guerra Mundial, marcada por atrocidades horríveis e generalizadas”, afirmou.
Para Hélder Sousa Silva, a Europa é a maior interessada em acabar, rapidamente, com esta guerra e trazer a paz de volta ao velho continente: “O nosso objetivo comum passa pela Ucrânia conseguir virar a página a seu favor e alcançar a paz naquela região. Para isso, é crucial o apoio europeu e mundial”. Reafirmando o interesse de todos que o direito internacional seja respeitado e que a cooperação seja a prioridade máxima, o eurodeputado é peremptório: “Não podemos compactuar com esta agressão militar, egoísta, irresponsável, colonialista e imperialista. Defender a Ucrânia é também defender a Europa e os seus valores!”.
Na sua intervenção em Estrasburgo, Hélder Sousa Silva alertou para a mudança de paradigma, afirmando que “não basta afirmar que queremos apoiar a Ucrânia a sobreviver aos ataques russos, temos de ser claros e objetivos nesse apoio, e contribuir com tudo, durante o tempo necessário, para que a Ucrânia ganhe esta guerra”. Apoio esse que passará pelo financiamento previsível para a recuperação, reconstrução e modernização da Ucrânia, até 2027. “As palavras não param os rockets russos, nem reconstroem os hospitais, as escolas e os milhares de edifícios destruídos pelos mísseis de Putin. A nossa solidariedade e ajuda passa também pela reconstrução da Ucrânia”, explicou.
Para mostrar o tremendo impacto que a vitória russa provocaria na União, o deputado ao Parlamento Europeu lançou algumas reflexões ao plenário: “Quem se sentiria seguro com as tropas russas em Lviv? Que empresas quereriam investir num continente que não se consegue defender? Porque cedemos às pressões externas e à vontade de Putin”. E concluiu: “A autonomia e independência estratégicas da nossa União está dependente da vitória ucraniana neste conflito, e a UE tudo deve fazer para que tal aconteça!”.