“As recentes interferências nos processos democráticos não representam simples casos isolados. São sinais de uma estratégia concertada que visa exportar modelos autoritários, orientados pelo controlo e pela repressão, para as nossas democracias.”, afirmou o eurodeputado Paulo Cunha membro da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos (LIBE).
Paulo Cunha, que é também chefe de delegação do PSD no Parlamento Europeu, participou no debate sobre a manipulação da informação e desinformação nas plataformas das redes sociais, tais como X e Tiktok, e riscos associados para a integridade das eleições na Europa.
Este debate surgiu após a decisão do Tribunal Constitucional da Roménia de anular a primeira volta das eleições presidenciais no país, na sequência de relatos de possível ingerência estrangeira. O tema cresceu também após uma «ordem de retenção» da Comissão Europeia ao Tik Tok para preservar documentos sobre os seus sistemas de recomendação e conteúdos políticos pagos relacionados com eleições nos países da UE entre 24 de novembro de 2024 e 31 de março de 2025.
O deputado, sublinhou que o TikTok proíbe conteúdos políticos na publicidade, contudo, está a tornar-se uma ferramenta cada vez mais procurada para atrair e manipular eleitores mais jovens. Paulo Cunha considera que “a Europa tem de responder de forma firme e inequívoca.”
O deputado do PSD chama a atenção para a responsabilidade das plataformas de comunicação, que muitas vezes se tornam cúmplices destas estratégias. Considera, ainda, fundamental dotar os nossos cidadãos das ferramentas necessárias para reconhecer e resistir à manipulação.
O eurodeputado concluiu a sua intervenção sublinhando: “Este é um debate sobre o futuro das nossas democracias, temos de dar provas da nossa resiliência.”.