O eurodeputado Hélder Sousa Silva reuniu com o Comité Latino-Americano de Segurança Interna (CLASI), para debater e analisar as prioridades da cooperação operacional com a União Europeia, em questões de segurança. Identificadas as ameaças criminosas que afetam os diversos países, foi fixado um reforço dos esforços conjuntos entre ambas as entidades, para combater a criminalidade organizada.
Na qualidade de presidente da Delegação para as relações com a República Federativa do Brasil (D-BR), o eurodeputado português recebeu os representantes da CLASI, composta por 16 países latino-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Entre os maiores problemas de segurança que afetam a América Latina está a criminalidade organizada, com destaque para o tráfico de droga, o tráfico de seres humanos, o tráfico ilícito de armas, o contrabando de migrantes, o fabrico e tráfico ilícito de armas, o abuso sexual de crianças, os crimes financeiros, cibernéticos e ambientais, a corrupção e a utilização criminosa de criptomoedas.
Para consolidar e reforçar os esforços para combater a criminalidade organizada transnacional e o seu impacto negativo nas sociedades, foi reafirmada a importância de reforçar a cooperação operacional em matéria de aplicação da lei entre a UE e a América Latina. Para tal, os participantes considerarem essencial o papel da Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol), da Agência Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust), da Comunidade de Polícia das Américas (Ameripol) e de quadros como a Plataforma Multidisciplinar Europeia contra as Ameaças Criminosas (EMPACT) e a APLICAMOS. Através da coordenação de esforços conjuntos, da partilha de informações e da condução de operações transfronteiriças, é possível combater eficazmente a criminalidade organizada e desmantelar as redes criminosas.
No final do encontro, Hélder Sousa Silva mostrou-se preocupado com a atual dimensão dos crimes na América Latina, e já com repercussões em alguns Estados-membros da União Europeia, mas mostrou-se confiante nos resultados da cooperação política, policial e judicial entre a UE e os países que integram a CLASI.