Por iniciativa da deputada do PSD, Cláudia Monteiro de Aguiar e da delegação espanhola do Partido Popular, o Plenário de Estrasburgo debateu hoje uma questão oral e vota na quinta-feira uma proposta de resolução sobre os impactos da falência da Thomas Cook no sector do Turismo europeu.
A pergunta oral apresentada pela Deputada do PSD, Cláudia Monteiro de Aguiar, questiona a Comissão Europeia acerca das medidas concretas para minimizar os efeitos negativos da falência da operadora britânica Thomas Cook nas economias das regiões europeias, como é o caso do Algarve e da Madeira. Pergunta, ainda, que tipo de ajudas europeias estão disponíveis para apoiar as empresas afectadas, e os empregos perdidos e se os direitos dos passageiros podem salvaguardar os viajantes em caso de insolvência.
Durante a intervenção a eurodeputada social democrata revelou-se preocupada com a falta de apoio às empresas do sector do turismo, dependentes destes grandes operadores e muito vulneráveis a cenários de colapso.
“Esta falência levou à perda de milhares de postos de trabalho e a uma quebra económica de inúmeras regiões e destinos, por isso a Comissão, juntamente com os Estados-Membros, devem acionar os apoios necessários”A Eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, durante a sua intervenção enquanto membro da Comissão do Mercado Interno do Parlamento Europeu, defendeu a necessidade de serem “equacionadas medidas adicionais, tais como o reforço da proteção dos passageiros aéreos, de modo a que os consumidores sejam devidamente compensados pelos danos causados” por situações como a recente falência da operadora turística Thomas Cook. Para a eurodeputada é também “vital” que a Comissão Europeia e os Estados-Membros assegurem que as regras já em vigor sejam efetivamente aplicadas “só assim será possível garantir o bom funcionamento do mercado interno e o nível de defesa do consumidor a que nos propomos”, concluiu.
A proposta de resolução que irá a votos na próxima quinta-feira faz ainda referência à criação da linha de financiamento para o Turismo, medida apresentada pela deputada em 2015, e aprovado pelo Parlamento Europeu no ano passado no contexto do futuro quadro financeiro plurianual. Pede ainda que as questões de insolvência sejam incluídas no direito dos passageiros, para que de futuro se possam limitar os casos de milhares de turistas nos aeroportos, sem voos, e uma análise à diretiva das viagens organizadas para saber se deu a resposta correta a este incidente.
Esta iniciativa surge na sequência da pergunta, dos deputados do PSD, de caracter de urgência enviada no passado dia 24 de Setembro onde refere as regiões da Madeira e o Algarve como os destinos mais afetados em Portugal com a insolvência da Thomas Cook e que este caso é apenas mais um a juntar à falência da Monarch, Air Berlin, a Alitalia e Aigle Azur. O mercado britânico é o principal mercado emissor de turistas, com uma quota de 19,6% em dormidas e 16,9% em receitas, e que os impactos desta falência ainda não estão quantificados.