A Bósnia-Herzegovina ainda não está no caminho europeu, pelo que a União Europeia precisa “reforçar a sua presença política e económica” naquele país. A garantia foi dada, no plenário em Estrasburgo, pelo eurodeputado português Hélder Sousa Silva, que integrou a recente missão da Comissão de Segurança e Defesa do Parlamento Europeu à Bósnia-Herzegovina.
Hélder Sousa Silva explicou que “o país encontra-se numa encruzilhada perigosa, com elevados desafios internos e inaceitáveis pressões externas”, que ameaçam a sua estabilidade. Essas forças desestabilizadoras, internas e externas, são “alimentadas por narrativas nacionalistas e separatistas e são impulsionadas por potências que pretendem afastar a Bósnia-Herzegovina do seu caminho europeu”, pormenoriza o eurodeputado, que integra a Comissão da Defesa do Parlamento Europeu.
Perante esta realidade, Hélder Sousa Silva diz que “a União Europeia não pode hesitar”, e propõe que seja reforçada a presença política e económica da UE. O eurodeputado eleito pelo PSD propõe também que a UE apoie as reformas estruturais a realizar na Bósnia-Herzegovina, “de forma a garantir que o país possa convergir rapidamente com os requisitos da UE, e não recua no seu processo de adesão”.
Recorde-se que a Bósnia-Herzegovina apresentou o seu pedido de adesão à UE em fevereiro de 2016. O estatuto de país candidato foi concedido em dezembro de 2022, no pressuposto de que o país aplicará as medidas que visam reforçar o Estado de direito, a luta contra a corrupção e a criminalidade organizada, a gestão da migração e os direitos fundamentais, que foram especificadas na comunicação da Comissão Europeia de 12 outubro de 2022, sobre a política de alargamento.