A eurodeputada do PSD, Lídia Pereira, criticou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima, alertando para as consequências do isolamento norte-americano nas políticas ambientais e de cooperação global.
"Escolher os interesses em detrimento dos princípios não é apenas trair o caráter, é também trair a história", afirmou Lídia Pereira, referindo-se à decisão dos EUA de abandonarem o compromisso climático, bem como a sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a suspensão da ajuda ao desenvolvimento e da assistência humanitária.
Para a eurodeputada social-democrata, a atual conjuntura política reforça o papel da União Europeia como líder global na defesa do ambiente e dos valores democráticos: "Numa era de contrastes políticos, o modo de vida europeu, os nossos valores e a força da nossa União tornam-se ainda mais preponderantes.”
Sublinhando a necessidade de uma resposta firme da Europa, Lídia Pereira defendeu um compromisso renovado com a transição climática justa: "À saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, devemos responder com mais ambição. Precisamos de descarbonizar para crescer!"
A eurodeputada alertou ainda para o risco de um vazio de liderança global, deixando espaço para outras potências influenciarem a agenda climática e de saúde pública: "A suspensão da ajuda humanitária dos EUA deixa um espaço de cooperação que será preenchido por geografias não menos transacionais, mas talvez ainda mais ameaçadoras, como a China."
Lídia Pereira concluiu o seu discurso com um apelo à afirmação europeia no cenário global, destacando que, perante o recuo dos EUA, a União Europeia deve assumir a responsabilidade de liderar: "Trump pode falhar ao mundo, mas nós, na Europa, não iremos falhar à história."
Com esta posição, defendida em Estrasburgo durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, Lídia Pereira reforçou a importância de uma Europa mais ambiciosa e determinada na luta contra as alterações climáticas e na defesa dos valores democráticos e humanitários.