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  • 12 de Abril, 2021

Maria da Graça Carvalho eleita vice-presidente da Comissão das Pescas no Parlamento Europeu

A eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, foi eleita vice-presidente da Comissão das Pescas (PECH) do Parlamento Europeu, da qual tinha sido recentemente nomeada membro-efetivo. A eleição, por aclamação, foi confirmada na reunião desta segunda-feira da referida comissão parlamentar.

Para Maria da Graça Carvalho, a participação na Comissão PECH “representa uma oportunidade de acompanhar em pormenor um setor de enorme importância estratégica para Portugal, mas também para a União Europeia como um todo. É um setor que enfrenta enormes desafios, o maior dos quais a necessidade de se conjugarem políticas que conjuguem a sustentabilidade a longo prazo do mar e dos recursos marinhos com a preservação e valorização das atividades económicas a estas associadas”, diz.

A eurodeputada recorda que a Comissão das Pescas tem atualmente em mãos dossiês “de grande impacto no futuro, não apenas do setor das pescas, mas das diferentes politicas para o Mar, entre os quais a Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030, o impacto do lixo marinho, e muitos outros temas, desde os parques eólicos offshore à sustentabilidade das atividades de aquicultura, passando pela renovação geracional e pelo papel das mulheres na atividade das pescas”.

A sua posição, explica, “será a mesma que assumo em toda a minha atividade parlamentar. Ou seja: irei bater-me por soluções equilibradas, baseadas no conhecimento cientifico, que contribuam para preservar e criar emprego e riqueza sem comprometer a sustentabilidade ambiental”.

Maria da Graça Carvalho recorda que, há alguns anos atrás, na Comissão Europeia, esteve envolvida na publicação “Food from the Oceans”, elaborada ao abrigo do Mecanismo de Aconselhamento Cientifico (SAM), a qual “identifica estratégias muito inovadoras para o aproveitamento sustentável dos nutrientes fornecidos pelo mar, nomeadamente ao nível dos nutrientes que não interferem com a cadeia trófica dos grandes predadores, como as algas e o plâncton, não apenas para consumo humano direto mas para a produção de fontes de proteína como os bivalves”.

Na sua anterior passagem pelo Parlamento Europeu, na qualidade de relatora do programa-específico do Horizonte 2020, a eurodeputada conseguiu pela primeira vez introduzir uma área independente dedicada à investigação de temas do Mar. Mais recentemente, como relatora da agenda estratégica do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, viu ser aprovada uma proposta para a criação de uma Comunidade de Inovação e Conhecimento (KIC) dedicada a todos os temas relacionados com a água, incluindo o mar.

A minha visão para o setor das pescas e para a generalidade dos recursos marinhos passa muito por esse princípio de encontrar formas inovadoras e sustentáveis de aproveitar a riqueza dos oceanos assegurando ao mesmo tempo a saúde dos mesmos”, resume.