A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho, questionou hoje o português Rodrigo da Costa sobre a experiência e ideias que este irá trazer à nova Agência para o Programa Espacial Europeu (AESP), instituição que irá suceder em 2021 à Agência Europeia do Sistema Global de Navegação por Satélite, e da qual foi recentemente selecionado para o cargo de diretor-executivo.
Numa audiência na Comissão ITRE – Indústria, Investigação e Energia, na qual falou em nome do Partido Popular Europeu (PPE), Maria da Graça Carvalho recordou a importância da estratégia espacial europeia para este grupo político, e também “os muitos novos desafios” que o novo diretor-executivo terá a seu cargo, nomeadamente em matéria de segurança, perguntando-lhe “o que torna na pessoa mais indicada para este cargo?” e também como tenciona atuar em áreas como o combate às alterações climáticas e a cooperação com pequenas e médias empresas (PME), start-ups e a indústria.
Ao substituir a Agência Europeia do Sistema Global de Navegação por Satélite (GSA/Galileu), a nova agência terá os seus poderes reforçados, passando a acumular responsabilidades em matéria de segurança, aplicações downstream/absorção de mercado, com a exploração do Galileo e do Sistema Europeu Complementar Geoestacionário (EGNOS).
Rodrigo da Costa, que até à sua eleição em 15 de setembro era o gestor de projetos dos serviços Galileu, defendeu ter um registo sólido “em contexto europeu”, no qual combina experiência “em contexto político” com a gestão de projetos ligados ao espaço, nomeadamente no Galileo, acumulando uma experiência “transversal” nestas áreas e rotinas de liderança de “equipas multidisciplinares em ambientes complexos”.
Sobre a sua visão para a nova agência, disse pretender que esta seja uma instituição “descentralizada, ao serviço das pessoas” da União Europeia, capaz de promover “uma indústria competitiva e resiliente” ligada ao espaço, “fazer chegar novos produtos aos mercados” e “criar sinergias”.
Em relação às PME e as start-ups, considerou que estas são “essenciais para o desenvolvimento de aplicações ligadas ao espaço”, sem esquecer também o papel dos “atores institucionais”.