No dia 20 de janeiro, o deputado Sebastião Bugalho participou no debate dedicado ao cessar-fogo em Gaza e à necessidade urgente de libertar os reféns, de pôr termo à crise humanitária e de abrir caminho a uma solução que preveja a existência de dois Estados, que teve lugar durante a sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo.
Segundo o vice-coordenador para os assuntos externos do Grupo PPE “para que as vozes se oiçam é preciso que as armas se calem”, havendo que aproveitar esse silêncio para libertar os reféns e aliviar a catástrofe humanitária palestiniana o mais depressa possível.
Sebastião Bugalho considerou que aquele silêncio também obrigava à reflexão uma vez que, quinze meses depois do horrendo atentado de outubro, a resposta israelita fora suficiente para garantir que o país não voltaria a viver uma situação da mesma vulnerabilidade, mas tivera custos e teria consequências.
O deputado do PSD sublinhou a circunstância de a popularidade da solução de dois Estados em Israel estar em mínimos históricos, tendo considerado que, sem esse ponto de partida, “toda a diplomacia do mundo será pouca”.
Em seu entender, a perda de vidas no Médio Oriente - diária, trágica e, demasiadas vezes, indiferente - abrira feridas que radicalizaram toda uma geração e essa radicalização constituía um desafio para a paz na região, mas também para a segurança no resto do mundo, incluindo para a Europa.
Bugalho recordou que a União Europeia fora fundada sobre o valor da vida humana, na promessa de não esquecer que cada vida tem um valor único, esteja onde estiver, nasça onde nascer.
Afirmou que, enquanto europeísta, não esquecia essa promessa, nem o valor do multilateralismo e do direito internacional, que não podia ter um peso para os inimigos e outro para aqueles que a União Europeia tinha como aliados.
Sebastião Bugalho concluiu que “enquanto o ódio não for enterrado, o imperdoável perdoado, e o valor da vida humana recuperado, as armas voltarão a levantar a voz. Que a nossa voz fale mais alto!”