A Comissão Especial para a Luta contra o Cancro, criada por impulso do Partido Popular Europeu (PPE), aprovou esta quinta-feira o seu relatório final sobre a estratégia apresentada pela Comissão Europeia em fevereiro deste ano.
O relatório parlamentar foi aprovado por larga maioria, com 85% dos votos a favor, pelos membros da Comissão Especial, resultando de um acordo político entre PPE, S&D, Liberais e Verdes. O documento segue agora para votação em sessão plenária do Parlamento Europeu, a ter lugar no primeiro trimestre de 2022.
Lídia Pereira enaltece “o sentido de compromisso evidenciado entre os diferentes grupos políticos” e destaca a aprovação de “medidas como a aquisição conjunta de medicamentos, que permitirá baixar o custo dos tratamentos, bem como a otimização do acesso a cuidados transfronteiriços, sempre que tal se justifique”.
Entre as principais recomendações para a estratégia apresentada pela Comissão Europeia, estão o aumento do investimento em projetos de investigação, para acelerar e melhorar significativamente os diagnósticos precoces, os tratamentos disponíveis e dignificar a vida dos sobreviventes de doença oncológica.
“O Parlamento Europeu fez o seu trabalho com a apresentação de medidas concretas que beneficiam todos os Europeus. Esperamos agora que tanto a Comissão como os Estados-Membros sejam capazes de agir de forma determinada no combate a este flagelo”, comenta a eurodeputada Lídia Pereira.
Com a pandemia de Covid-19, foram verificados atrasos significativos nos rastreios e diagnósticos precoces que, de acordo com os especialistas, agravam significativamente a situação e tornam este relatório ainda mais relevante. Segundo dados recentes, morrem 1.4 milhões de pessoas por ano na Europa, incluindo 6000 crianças, e estima-se que cerca de 100 milhões de Europeus serão diagnosticados com cancro nos próximos 25 anos.