O deputado Paulo Cunha, em nome da delegação do PSD no Parlamento Europeu, congratulou-se hoje pela eleição da Comissão Europeia e pelo sinal de responsabilidade que a aprovação representa “num contexto de urgência pela instabilidade geopolítica global”, sublinhou.
“O acordo promovido pelo PPE com socialistas e liberais é um sinal de compromisso sério das forças moderadas e pró-europeias. Esta responsabilidade partilhada foi claramente refletida na votação. No entanto, a eleição do Colégio de Comissários é apenas o primeiro passo de um mandato de cinco anos. Este acordo vai muito além da mera aprovação do Colégio. Ursula von der Leyen lidera com uma visão clara e é a figura certa para enfrentar os desafios atuais. A sua habilidade política, aliada à capacidade de conseguir resultados, inspira confiança, e com Maria Luís Albuquerque na sua equipa, tenho elevadas expectativas para o sucesso deste mandato.”
Antes da eleição, em intervenção no plenário, Paulo Cunha destacou a necessidade de um orçamento ambicioso e focado na competitividade como base para o futuro da União Europeia.
No debate da apresentação do colégio de comissários, que antecede a eleição da Comissão europeia, Paulo Cunha sublinhou que é imperativo alinhar os meios financeiros às ambições políticas europeias, considerando o orçamento ser “mais do que números: mas o motor da competitividade europeia”.
O deputado alertou que, sem um orçamento forte e ambicioso, a União não conseguirá enfrentar os desafios atuais, nem garantir um crescimento sustentável e equilibrado entre todos os Estados-Membros. Sublinhou também a necessidade de preservar e reforçar políticas estruturais como a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum, que são essenciais para promover a convergência regional e aumentar a produtividade na Europa.
“A competitividade da Europa não pode ser refém de orçamentos limitados. Devemos explorar novos Recursos Próprios e o investimento privado deve ser incentivado.”, afirmou o deputado.
Paulo Cunha também frisou a relevância da inovação, dos avanços tecnológicos e da transformação digital e ecológica como prioridades indiscutíveis. Neste contexto, enfatizou a urgência de desburocratizar processos que impedem a ação das PME, fundamentais para o tecido económico europeu.
Concluindo a sua intervenção, o deputado deixou um apelo claro: “Sem ambição, não há coesão, nem liderança global. Mas com visão, há modelo social e um futuro para cada cidadão. É esta a nossa responsabilidade comum.”