O chefe da delegação do PSD no Parlamento Europeu, Paulo Cunha considera que a questão migratória deve ser tratada com humanidade, dignidade e reforçou a oposição do PSD à utilização de fundos para a construção de muros nas fronteiras da UE.
“Somos contra o recurso a fundos comunitários para a construção de muros nas nossas fronteiras externas. Defendemos investimentos no uso de tecnologia avançada, na vigilância e na cooperação entre os Estados-Membros. A gestão eficaz e o fortalecimento das fronteiras externas da União Europeia são elementos-chave para um espaço Schengen sem controlos nas fronteiras internas.”
Durante a sua intervenção no debate da sessão plenária do Parlamento Europeu, sobre a gestão da crise migratória na Europa, Paulo Cunha destacou a importância de tratar a questão migratória com humanidade e dignidade, sublinhando as medidas exemplares implementadas pelo governo da Aliança Democrática em Portugal.
"A crise migratória é um dos maiores desafios da nossa era. É imperativo que abordemos esta questão com Humanidade e Dignidade. Em Portugal, sob a liderança do governo da Aliança Democrática, temos implementado medidas exemplares que refletem estes valores fundamentais", afirmou Paulo Cunha.
Deu como exemplo a criação de centros de acolhimento para migrantes em território português, anunciada recentemente pelo Primeiro-Ministro, como uma nova opção para uma gestão integrada. "Queremos garantir que cada migrante que chega ao nosso país é tratado com respeito e tem acesso a condições de vida dignas enquanto aguarda a análise do seu pedido de asilo. Temos que procurar soluções inovadoras que respeitem estes princípios".
O chefe da delegação destacou o Plano de Ação para as Migrações do governo português, que promove um sistema eficaz para acolher os migrantes, exigindo um vínculo a todos os que queiram tratar da sua regularização. "Assim facilitamos a integração e reduzimos a imigração irregular", explicou.
Paulo Cunha concluiu a sua intervenção sublinhando a necessidade de combater as causas da crise migratória, como os conflitos, a pobreza e as alterações climáticas, através da cooperação internacional.