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  • 5 de Novembro, 2024

Paulo Cunha questiona Ekaterina Zaharieva sobre polos de inovação na Europa e em cidades de média dimensão, como algumas em Portugal

O chefe de delegação do PSD no Parlamento Europeu e membro da Comissão da Indústria, Inovação e Investigação, Paulo Cunha, questionou a comissária indigitada para as Start-ups, Investigação e Inovação Ekaterina Zaharieva sobre a ausência de clusters de inovação de topo na Europa e “como pretende abordar este problema de competitividade na nova estratégia europeia para as start-ups e scale-ups como previsto na sua carta de missão”, tendo em conta que, como refere Draghi no seu relatório, os Estados Unidos têm quatro e a China três clusters de inovação de topo. 

Paulo Cunha, que foi um dos deputados selecionados para participar na audição e questionar a Comissária quis saber qual a estratégia para “garantir o desenvolvimento de clusters de inovação que integrem eficazmente universidades, start-ups, grandes empresas e investigadores de capital de risco”.

O relatório Draghi para a competitividade europeia refere que as empresas da UE recebem apenas uma fração do financiamento privado global em áreas críticas como a IA e a computação quântica em comparação com os EUA (na ordem dos 5 a 6% para a UE e 50 a 60% para os EUA).

Paulo Cunha questionou Zaharieva sobre que “iniciativas irá defender no âmbito do Conselho Europeu de Inovação (EIC) para garantir que se consegue atrair capital de risco substancial, promova a colaboração internacional e se contribua significativamente para a coesão regional, para o crescimento do PIB e o estabelecimento de clusters de inovação globalmente competitivos.”

Em resposta, a comissária indigitada búlgara, assumiu estar muito focada em criar condições para cada vez mais empresas, principalmente PMEs, terem acesso a fontes de financiamento variadas, desde os fundos comunitários ao capital de risco privado, incluindo o compromisso em trabalhar com a nossa comissária indigitada, Maria Luís Albuquerque, “no quadro da União de Mercados de Capitais.”

Zaharieva reconheceu ainda a importância da relação entre “universidades, os centros de investigação, empresas e municípios na criação ou desenvolvimento de ecossistemas empreendedores” com o objetivo último em tornar cada território europeu mais resiliente.