O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral demonstrou a sua preocupação com os problemas associados ao consumo de drogas, destacando “as Novas Substâncias Psicoativas (NSP), conhecidas como drogas sintéticas, e o seu impacto nas Regiões Ultraperiféricas dos Açores e da Madeira”.
Na intervenção realizada durante o debate “Prevenção dos crimes relacionados com as drogas, o seu efeito nos cidadãos europeus e a necessidade de uma resposta europeia eficaz”, que decorreu ontem na sessão plenária em Estrasburgo, Paulo do Nascimento Cabral evidenciou o impacto negativo que as novas substâncias psicoativas têm nos consumidores, nas famílias e nas comunidades. “O baixo custo, e o fácil acesso a estas substâncias, que são concebidas em laboratórios caseiros, associados às suas características altamente aditivas, estão a devastar estas comunidades”, pois “junta-se às consequências óbvias para os consumidores e suas famílias: o aumento do sentimento de insegurança, e o número de pessoas na mendicidade”, afirmou.
Neste sentido, o Eurodeputado Açoriano defendeu respostas firmes e conjuntas aos problemas associados a este flagelo, salientando que “as autoridades locais, regionais e nacionais não conseguem, nem podem, responder sozinhas a este flagelo”.
“As redes de tráfico não olham a meios para aumentar o número de consumidores, destruindo famílias”, lamentou o Eurodeputado do PSD, afirmando ainda que “o consumo de drogas altamente aditivas, resulta no craving e na necessidade de comprar mais e mais, levando à exaustão dos recursos financeiros, e inevitavelmente à entrada no mundo do crime”, e que “os consumidores passam a estar completamente alheados da realidade, num mundo paralelo, em que nada nem ninguém se pode colocar entre o próprio e o acesso à droga”.
Paulo do Nascimento Cabral reconhecendo a complexidade deste assunto, defendeu que as soluções passam “pela criação e melhoria de políticas e instrumentos legais, em colaboração com a indústria farmacêutica, autoridades policiais e de fronteira, dos portos e aeroportos, que visem a limitação do acesso; pela prevenção e promoção de medidas que visem a reabilitação dos consumidores, ao nível da saúde mental, pois os níveis de debilitação são evidentes, em particular das funções cognitivas; mas também pela aposta no acompanhamento das famílias, e na recapacitação das comunidades”.
A terminar, o Eurodeputado do PSD saudou “todos os profissionais que trabalham diariamente no combate a este flagelo, que afeta todos os Estados-Membros”, exortando a Comissão Europeia a apresentar “uma estratégia europeia para as drogas sintéticas”.