O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral interveio no debate sobre "A situação em Maiote após o devastador ciclone Chido e a necessidade de solidariedade". “Expresso a minha solidariedade e profundo pesar às famílias enlutadas e às pessoas afetadas pela devastadora passagem do Ciclone Chido, tal como já fez o Presidente de uma outra Região Ultraperiférica, do Governo Regional dos Açores. A tragédia humana e o rasto de destruição são avassaladores”, afirmou, demonstrando o seu pesar e solidariedade perante os devastadores impactos do Ciclone Chido, que atingiu a Região Ultraperiférica de Maiote, e também Moçambique.
O Eurodeputado do PSD sublinhou que os impactos em Maiote são mais um exemplo das vulnerabilidades que afetam as Regiões Ultraperiféricas da União Europeia, apontando para “a necessidade de reforçarmos a Política de Coesão, que deve ser descentralizada e com cada vez maior envolvimento das autoridades regionais e locais no seu desenho e gestão”.
“Infelizmente, este tipo de fenómenos são cada vez mais frequentes. Hoje falamos do Chido, mas também poderia falar da Dorothea, que está a afetar os Açores, e que causou avultados prejuízos na ilha de São Miguel, ou do Lorenzo, Isaac, Kirk, Leslie ou Gaston, entre tantos outros o que leva a já não podermos falar de situações excecionais, mas sim de uma nova realidade com perdas humanas, destruição de infraestruturas e habitações, que comprometem gravemente as economias locais e o futuro das suas comunidades”, frisou Paulo do Nascimento Cabral.
Para Paulo do Nascimento Cabral as autoridades locais e regionais desempenham um papel essencial na resposta a estas crises, pois “lutam, muitas vezes, sem meios para o restabelecimento da normalidade pelo que a União Europeia tem de garantir que os recursos chegam de forma célere e direta às comunidades afetadas”.
O Eurodeputado do PSD expressou ainda a sua preocupação com o Fundo de Solidariedade da União Europeia, defendendo a sua revisão. “Não posso deixar de constatar que o Fundo de Solidariedade está esgotado e necessita rapidamente de ser adequado no seu financiamento, critérios de elegibilidade e definição de situações de emergência à realidade específica das Regiões Ultraperiféricas e fenómenos inesperados que não apenas os relacionados com catástrofes naturais”, reproduzindo a redação que foi aprovada na última sessão plenária da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. À margem da sua intervenção, Paulo do Nascimento Cabral adiantou ainda que "a revisão do Fundo de Solidariedade da União Europeia é algo que já defendo há algum tempo, pelo que muita satisfação me trouxe ao ver que a nossa Assembleia Regional, passou também a defender o mesmo, numa votação por unanimidade, numa iniciativa proposta pelos grupos parlamentares do PSD, CDS e PPM".
Paulo do Nascimento Cabral terminou a sua intervenção com um apelo, salientando a importância de uma resposta imediata e eficaz. “O povo de Maiote precisa de nós agora. Temos de estar à altura deste desafio e demonstrar a solidariedade europeia para com esta Região Ultraperiférica, e neste sentido apoio o princípio de que precisamos de reconstruir melhor ”, concluiu.