O eurodeputado do PSD, Álvaro Amaro, viu aprovadas, esta semana em sede de Comissão, as suas propostas de alteração ao relatório de iniciativa da Comissão do Desenvolvimento Regional, do Parlamento Europeu, intitulado “a política de coesão como instrumento para reduzir as disparidades em matéria de cuidados de saúde e reforçar a cooperação transfronteiriça no domínio da saúde”.
Álvaro Amaro procurou reforçar, neste relatório, “a necessidade de se redobrar a atenção sobre os cuidados de saúde prestados em regiões com graves constrangimentos, como as regiões de baixa densidade e as regiões ultraperiféricas, onde a pandemia evidenciou as fragilidades de muitos serviços de saúde".
Para o eurodeputado, "a falta de profissionais de saúde em zonas rurais e remotas é outro dos desafios que os fundos europeus devem procurar resolver". O relatório pede que os fundos da política de coesão sejam utilizados para melhorar as condições de trabalho no setor da saúde, mas o eurodeputado foi mais além e defendeu que “não só é importante que a UE possa apoiar a fixação dos profissionais de saúde, mas também das suas famílias, bem como garantir que têm à sua disposição oportunidades de formação continua e de especialização e, muito importante, boas condições no local de trabalho. Só assim se sentirão motivados a iniciarem ou a retomarem o exercício da sua atividade nestas áreas”.
Nas suas propostas de alteração, o social-democrata defende ainda a saúde em linha como alternativa para garantir a igualdade no acesso à saúde, apesar de “nem todas estas regiões disporem de tecnologias de ponta ou sequer acesso à internet de banda larga”. "É também, por isso, importante promover a literacia digital em todas as faixas etárias da população e, por outro lado, garantir o acesso a internet de banda larga nas zonas rurais e remotas e, muito concretamente, apetrechar os serviços de saúde com os meios tecnológicos necessários para garantir a eficácia desta alternativa", acrescentou.
Álvaro Amaro aproveitou ainda este relatório para sugerir à Comissão Europeia a criação de um Conselho Consultivo Europeu para a Saúde, com a presença de autoridades governamentais nacionais, regionais e locais, bem como de outras partes interessadas, com o intuito de se trabalharem respostas eficazes e harmonizadas a problemas de saúde pública comuns.