O deputado do PSD, Sérgio Humberto, diz que a preservação da biodiversidade deve ser “uma prioridade para todas as economias”, em especial dos grandes poluidores e daqueles que ainda não são subscritores da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), como a Índia e os Estados Unidos, Para o eurodeputado, que discursou na sessão plenária de novembro, em Estrasburgo, “desde as cheias por toda a Europa, aos incêndios que galgam as nossas florestas, não nos faltam motivos para agir”.
Sérgio Humberto esteve em Cali, na Colômbia, para participar na COP16, em representação do Parlamento Europeu, no início do mês.
Segundo o deputado eleito pelo PSD, vale a pena destacar a criação do fundo de Cali, para o financiamento de projetos de biodiversidade de forma justa e a importância dada aos povos indígenas e às comunidades locais, que vão passar a ser representadas de forma permanente e direta. “Uma líder indígena brasileira que participou na sessão de encerramento disse, e cito, “não queremos apenas ser incluídos, queremos fazer parte das decisões e das soluções” Durante a COP16, não foi possível chegar a um acordo sobre o financiamento para apoiar as ambições da Estrutura Global de Biodiversidade de Montreal. Para Sérgio Humberto, é necessário ter “coragem” e “sabedoria” para encontrar soluções que preservem a biodiversidade, “de lutar por uma natureza próspera, que nos permita um amanhã sustentável, para nós, para os nossos filhos e para os nossos netos”.
De acordo com o Standard Eurobarometer - Spring 2024, 26% dos cidadãos europeus vê a biodiversidade como uma prioridade de topo no Pacto Ecológico Europeu.
“Quem nos elege, quer que assumamos a nossa responsabilidade”, explica. “Em Portugal, tal como em muitos dos vossos países, alguns de nós, têm por hábito ouvir as pessoas mais velhas, carregadas de sabedoria. Porque a voz da experiência, a voz de quem cuida e está habituado a cuidar, deve ter uma palavra a dizer sobre a situação desafiante que enfrentamos”.