Os representantes do PSD no Parlamento Europeu questionaram a Comissão Europeia e o Conselho Europeu se teriam realizado avaliações sobre o impacto dos cortes da USAID e de que modo poderia a União Europeia colmatar esta redução de fundos essenciais para a estabilidade, saúde e sobrevivência de tantas populações.
Os deputados do PSD lembraram que, em apenas três meses, mais de um milhão de ucranianos deslocados perderam apoio financeiro e abrigo e mais de dois milhões de ucranianos deixaram de ter acesso a assistência médica.
Destacaram ainda que, em África, onde metade da população do Sudão está a sofrer de insegurança alimentar aguda, teme-se que os cortes possam levar a uma crise migratória semelhante à de 2015, na Síria.
Os deputados, que sublinharam valorizar a relação transatlântica, perguntaram ainda se estariam a ser consideradas parcerias com países terceiros para atenuar os efeitos dos cortes e se, para além dos aspetos mais diretamente relacionados com a defesa, aquelas instituições europeias tencionavam alargar o debate para que a União Europeia possa preparar-se adequadamente para uma eventual crise que abranja a dimensão migratória e sanitária.