PSD quer política de transportes como instrumento de coesão entre regiões

PSD quer política de transportes como instrumento de coesão entre regiões

Na Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, na sequência da apresentação de um estudo sobre as infraestruturas de transporte nos territórios de baixa densidade, Cláudia Monteiro de Aguiar chamou a atenção hoje para as dificuldades que países como Portugal, e as suas regiões do interior e as ultraperiféricas sentem pela falta de uma política estruturada que permita debelar os efeitos do isolamento.

A eurodeputada do PSD apelou, por isso, a um maior investimento, que deve começar já com a utilização do dinheiro do Fundo de Recuperação, na construção de infraestruturas, especialmente de abastecimento para que estas regiões não fiquem ainda mais limitadas no que concerne à oferta”. “Atendendo aos objectivos climáticos, nomeadamente a redução de emissões, é importante que estes investimentos sejam realizados de imediato, até porque é agora que Portugal vai receber verbas avultadas da Europa e deve aproveitar para implementar uma política de coesão através de uma rede de transportes eficiente e que aproxime regiões, referiu.

Por outro lado, Cláudia Monteiro de Aguiar enfatizou a “importância de não se aumentarem os custos para as populações destas regiões, caso contrário estariam a ser duplamente penalizadas”.

Deu ainda o exemplo do aeroporto da Madeira, “assolado por ventos fortes, que provocam cancelamentos sucessivos de voos. O investimento em tecnologias de medição poderia ajudar a minorar este problema. Esta década será determinante, pelo que, se queremos mesmo aproximar regiões e pessoas, os investimentos têm de começar já, pelo que uma análise do Plano de Recuperação que Portugal apresentou em Bruxelas, não augura nada de bom. Na política de descarbonização dos transportes vemos que a quase totalidade dos 967 mil milhões de euros desta rúbrica se destinam à orla costeira de Portugal Continental. Resta esperar que o Portugal 2030 preencha esta lacuna. Vamos estar atentos.”, concluiu.

Segundo os responsáveis pelo estudo, as regiões de baixa densidade devem ser reconhecidas com base na sua especificidade, devendo ser feita uma abordagem à medida de cada região. Avaliar as necessidades locais e só depois desenvolver uma abordagem de acordo com as mesmas.