A Eurodeputada Sofia Ribeiro defendeu a necessidade de se reconhecer, a nível europeu, as profissões especializadas. A intervenção decorreu no âmbito do debate sobre a regulamentação e a necessidade de reforma dos serviços profissionais, esta quinta-feira, 18 de janeiro, no Plenário de Estrasburgo.
A Eurodeputada começou por recordar que o Processo de Bolonha “permitiu a convergência ao nível das qualificações académicas a par do quadro europeu de qualificações, o que permite que um jovem português licenciado veja reconhecida a sua licenciatura num outro qualquer Estado Europeu”.
No entanto, para a Social-Democrata, “esta convergência está incompleta - o problema maior reside nas profissões especializadas que exigem um reconhecimento pelas ordens profissionais”.
Durante a intervenção a Deputada ao Parlamento Europeu defendeu a criação de “um quadro europeu de qualificações profissionais que harmonize os requisitos das atividade laboral” e a criação, nos casos inexistentes, de “federações europeias das ordens profissionais, que permita que um jovem português, inscrito na Ordem dos Psicólogos em Portugal, seja automaticamente reconhecido pela Ordem dos Psicólogos, por exemplo, no Reino Unido, permitindo uma efetiva mobilidade laboral também nas profissões especializadas”.
A Eurodeputada referiu que, para manter o modelo económico, social e cultural da UE, para reforçar a sua competitividade em termos de crescimento, inovação e qualidade dos serviços prestados, é crucial um enquadramento regulamentar eficaz. “A regulamentação das qualificações profissionais reforça o mercado único e a mobilidade laboral e portanto reforça a União Europeia”, realçou Sofia Ribeiro.