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  • 7 de Julho, 2015

Sofia Ribeiro defende mercados locais no balanço do seu primeiro ano de mandato

A Eurodeputada Sofia Ribeiro visitou o mercado da Graça em Ponta Delgada, para assinalar o seu primeiro ano de mandato como Deputada ao Parlamento Europeu, numa iniciativa que pretendeu mostrar a "enorme qualidade e diversidade dos produtos agrícolas dos Açores". Nesta iniciativa a Eurodeputada foi acompanhada por altos dirigentes do PSD/Açores, nomeadamente por Ricardo Pacheco (secretário-geral), Sabrina Coutinho Furtado (Membro da Comissão Política Regional) e Pedro Furtado (presidente da Comissão Política Concelhia de Ponta Delgada). Segundo Sofia Ribeiro "esta acção simbólica que pretendeu marcar o primeiro ano do meu mandato no parlamento europeu, teve como objectivo a valorização e promoção dos nossos produtos agrícolas de excelência, sem obviamente esquecer o nosso óptimo peixe ou todos os nossos lacticínios, e este espaço é a montra da nossa diversidade, qualidade e esperança para melhores dias neste sector. A aposta nos nossos produtos e o aumento do seu consumo por todos nós, fará com que dependamos menos do exterior e criemos mais riqueza para quem os produz" tendo ainda acrescentado que " há que apostar cada vez mais em mercados locais, em cadeias curtas de abastecimento alimentar, pois quanto mais directa for a relação entre o produtor e o consumidor, maior e melhor remuneração terão os primeiros. É também por isto que me tenho batido no Parlamento Europeu: uma justa remuneração para quem produz". Relativamente ao balanço do seu primeiro ano de mandato, a Eurodeputada destaca a negociação com os seus pares, o que tem permitido colocar os assuntos dos Açores em todos os contextos em que está envolvida. Segundo Sofia Ribeiro este primeiro ano foi marcado por "muito trabalho e por algumas conquistas importantes para os Açores, como majorações em programas de financiamento, reconhecimento claro do estatuto da Ultraperiferia, reconhecimento das nossas dificuldades, especialmente no sector do leite, entre outras iniciativas que vou dando nota aos cidadãos através dos contactos directos e da comunicação social. No entanto, se tivesse de escolher uma palavra para caracterizar o meu primeiro ano de mandato, escolheria a palavra loby. É o que tenho feito, pois no meu trabalho nas comissões de emprego e de agricultura, nos intergrupos a que pertenço, junto dos meus colegas, nos think thanks dos quais faço parte, em todos eles, coloco as nossas necessidades, as nossas potencialidades em discussão, o que tem permitido alcançar bons  resultados para os Açores, ou pelo menos, criar as bases para decisões positivas para a nossa Região. Foi este trabalho de sensibilização, de pressão e de negociação, que me permitiu, neste primeiro ano, estar envolvida em 6 relatórios, quer como relatora do Parlamento Europeu, quer como relatora do maior grupo político, o PPE". Questionada sobre os aspectos menos conseguidos, a Eurodeputada destaca "a morosidade do processo de decisão das instituições europeias. Há um lapso de tempo que tem de ser melhorado entre o que é votado e aprovado e a sua aplicação prática, o que chega aos cidadãos. Esta falta de imediatismo pode ser entendida como negativa. Por outro lado, há alguns desafios a decorrer, nomeadamente a necessidade de mitigar o impacto do fim das quotas nos nossos produtores, a revisão do POSEI que no próximo ano deverá chegar ao Parlamento, as linhas gerais de governação económica e política europeia, da qual fiquei a responsável do meu grupo para os assuntos sociais e do emprego, entre outras temáticas", tendo Sofia Ribeiro ainda acrescentado que "há, no entanto, um aspecto que nos deverá preocupar a todos que é a tentativa por parte de alguns deputados de Itália, Grécia, e outros, de criar um estatuto para as ilhas em geral equiparado ao das Regiões Ultraperiféricas. Tal não pode acontecer, pois uma RUP como os Açores não pode ser considerada igual a uma qualquer ilha no Mediterrâneo ou a uma ilha grega. Os nossos constrangimentos são muito superiores e de excepção em excepção, corremos o risco da discriminação positiva desaparecer ou então que partilhemos os fundos de coesão, por exemplo, com mais estas ilhas. Ora, se o orçamento for o mesmo, com mais beneficiários, teremos menos financiamento." A finalizar as suas declarações, Sofia Ribeiro realçou a sua disponibilidade e empenho em "trabalhar em conjunto com todas as entidades e com o Governo Regional em prol dos interesses dos Açores" e exortou todas as instituições e mesmo os cidadãos a "aproveitar os mecanismos e instrumentos já existentes ao nível da União, sejam os fundos de candidatura directa, sejam estágios, ofertas de emprego, que podem encontrar no meu site, mas também a aproveitar o que é votado e aprovado pelo Parlamento Europeu. Por exemplo, consegui que existisse uma majoração de 10% para uma Região Ultraperiférica que queira adquirir produtos agrícolas e lacticínios a outra RUP. O secretário regional da Madeira em declarações recentes veio dizer que quer mais queijos dos Açores na sua Região Autónoma, pelo que há aqui mais uma possibilidade de criar um novo mercado para nós. Temos de ser como as outras Regiões, que aproveitam todas as oportunidades que a Europa lhes dá."