A Eurodeputada Sofia Ribeiro esteve presente esta quinta-feira, dia 30 de novembro, num pequeno-almoço de trabalho onde foram discutidos os desafios e as necessidades dos cuidadores informais na Europa.
No encontro foram apresentados os resultados do estudo da COFACE intitulado “Who Cares?” que recolheu respostas de 16 países membros, incluindo Portugal. O estudo refletiu sobre a actual situação europeia dos cuidadores informais que, segundo Sofia Ribeiro, “para além de serem uma força laboral invísivel são também, socialmente excluídos”.
Sendo que 80% dos cuidados prestados na Europa são feitos por membros da família, especialmente mulheres, em regime pro bono, “este estudo avigura-se fundamental visto que nenhum país europeu está a conseguir prestar um apoio integral aos cuidadores informais e estes não podem continuar a viver sem suporte financeiro adequado, direitos sociais, regime de pensão e um acesso à informação e aos serviços prestados pela comunidade”, realçou a Social-Democrata.
Quanto aos dados sobre Portugal, a Eurodeputada mostrou-se alarmada. “De todos os países que responderam ao inquérito, Portugal é o Estado-Membro onde, para os cuidadores informais, a compensação financeira, a segurança social e os regimes de pensão são os menos satisfatórios.”
Ao longo do seu mandato, Sofia Ribeiro tem defendido a necessidade de se reconhecer um estatuto do cuidador informal a fim de se “validar a importância laboral, formativa e social prestado por este grupo”. “A proposta de directiva sobre o equilíbrio entre a vida laboral e familar no Pilar europeu dos direitos sociais é um passo crucial para providenciar dignidade e independência aos que ajudam e aos que necessitam de ser ajudados, podendo ser também uma forma de fomentar o bem-estar e a inclusão social dos visados”, concluiu Sofia Ribeiro.